O Secretário de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) Marcelo Nascimento Bessa foi o entrevistado de ontem quarta-feira (07/12) do jornal Rede Clube Cidade Noticias da rádio Transamérica Hits de Porto Velho, apresentado pelo radialista Ibernon Nunes e Suelen Viana.
Na oportunidade o secretário respondeu as perguntas dos ouvintes que participaram ao vivo do programa. O morador do município de Ji-Paraná, Itamar, perguntou ao secretário por que o governo não tomou medidas mais firmes para acabar com o movimento grevista assim como fez o ex governador Ivo Cassol. Marcelo Bessa respondendo a pergunta do ouvinte, disse que sem querer fazer críticas a governos anteriores, o servidor público do Estado passou por um período de arrocho salarial de oito anos, o que gerou toda uma carga de expectativa para um novo governo. Uma boa parte dos servidores acreditou que só no primeiro ano do governo de Confúcio Moura pudesse ser corrigido todas as perdas salariais ocorridas nos últimos governos. Bessa disse que não irá de forma alguma, autorizar à retirada utilizando o uso da força policial das mulheres que se encontram a frente dos Batalhões da Capital e do interior, pois com certeza estaria autorizando um início de confronto já que se trata de esposas de militares. “Nenhum policial iria aceitar ver a esposa sendo arrastada a força por outros policiais”, disse Bessa.
O secretário ressaltou que o aumento de 44% preiteado pelas associações representativas de classe não será possível de ser aplicado já que com esse valor o policial chegaria a um salário de aproximadamente cinco mil reais. “Não que o policial não mereça um salário desses, contudo não podemos comparar o Estado de Rondônia com outros Estados com Produto Interno Bruto (PIB) que é a soma das riquezas, duas vezes maiores do que o de Rondônia. O governo não pode ultrapassar o limite da Lei de Responsabilidade Fiscal, pois ficaria engessado, não podendo dar aumento salarial para as demais categorias e nem realizar novas contratações”, declarou.
Bessa destacou ainda que um policial militar a partir de janeiro de 2012 entrará nos quadros de servidores públicos do Estado de Rondônia, com um salário inicial de aproximadamente R$ 2.400 reais, sendo que com o aumento proposto pelo governador de 12,6%, passaria até o mês de abril de 2013 para R$ 3.154 reais, além de 600 reais de horas extras a mais se trabalharem no serviço voluntário na folga. “Somos o oitavo melhor salário da polícia do Brasil, e que com o aumento proposto pelo governo passaríamos a postular o quinto lugar”. Bessa ressaltou que muito ainda tem que ser feito, “entendo perfeitamente a importância desses valorosos homens que arriscam diuturnamente as suas vidas em defesa da sociedade, no entanto é preciso paciência e negociação para que no final todos possam ser reconhecidos”, finaliza Bessa
Bessa destacou que a greve desde o início foi considerada ilegal pela justiça, já que o militar pé proibido por Lei, e que multas de 100 mil reais foram fixadas por dia às associações, além de desconto salarial dos policiais faltosos ao serviço.
Na entrevista, Bessa pediu tranqüilidade a toda população do estado, pois juntamente com o Comando Geral da Polícia Militar já tomou outras medidas para suprir o quantitativo em greve e reforçou que já existem no Estado 100 homens da Força Nacional de segurança pública e que até amanhã sexta-feira mais 185 policiais chegarão ao Estado, além do apoio do Exército, Polícia Rodoviária Federal e Polícia Federal. “Se for preciso solicitarei o envio de mais 370 policiais, que só serão enviados caso necessário. Por enquanto estamos conseguindo administrar a situação com o efetivo atual”, disse.
O secretário declarou ainda que serão presos em flagrante policiais ou mulheres, que forem surpreendidos secando ou depredando as viaturas que estão de serviço. “Isso é um ato de banditismo, não corresponde com uma greve pacífica e inteligente”. Ele ressaltou que já foi autorizado pela presidenta Dilma Rousseff o emprego do Exército para tomar conta da segurança do Estado, no entanto, segundo o secretário, será a última medida a ser tomada.
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