terça-feira, 17 de maio de 2011

Secretário de Segurança diz que capital era a 5ª mais violenta do país e agora é a 12ª
Noticias - 16/05/11 - 12h54 - Atualizado em 16/05/11 - 15h08
Secretário Marcelo Bessa em entrevista no programa
A Voz do Povo com Arimár de Sá (Foto: Rondonoticias)
O Secretario estadual de Segurança, Defesa e Cidadania (SESDEC), Marcelo Bessa, foi o entrevistado desta segunda-feira (16), do programa A Voz do Povo, da rádio Cultura FM 107,9, comandado pelo jornalista e advogado Arimar Souza de Sá.
Ele falou sobre as ações iniciais da pasta e dos projetos e ações para melhorar a segurança pública em Porto Velho e no interior do Estado. “O índice na capital era o 5º lugar em homicídios no país. Nesses primeiros meses, caímos para o 12º lugar. Esses números são medidos pelas ocorrências na Polícia Civil e na Polícia Militar”, observou.
Segundo Bessa, “segurança é uma atividade complexa, que perpassa por vários outros segmentos. Segurança é o último recurso da sociedade, para manter e coibir os excessos de quem não se pauta pelos limites da legalidade. Vai além de coibir a prática criminosa, por isso abrange outras pastas e instituições, públicas e privadas, para levar as ações que estamos desenvolvendo e vamos desenvolver”.
Marcelo Bessa expôs um pouco de seu currículo, com ênfase nas ações de segurança. “Sou nascido no Distrito Federal, criado no Maranhão. Fui oficial de infantaria do Exército, ingressei como oficial tenente na PM em Rondônia,depois fiz a formação na civil e não tomei posse pois fui aprovado como delegado da Polícia Federal. Estava há um ano morando em Campina Grande (PB), onde era delegado e recebi o convite para assumir a pasta. Toda minha trajetória pessoal e profissional foi aqui em Rondônia, de minhas três filhas, duas nasceram aqui”, completou.
Bessa declarou que encontrou uma pasta ‘razoável’. “O cenário não foi dos piores. Em relação á tecnologia, a gestão passada, deixou alguma semente. Adequamos a segurança ao nosso perfil, de acordo com as prioridades da atual gestão. O governador tem me dado autonomia para trabalhar, dentro da sua ótica administrativa, estabelecendo diretrizes. Nosso pensamento tem se coadunado, com a visão humana da segurança pública e valorização dos profissionais da segurança”, acrescentou.
Sobre a sua relação inicial com os delegados da Civil, o secretário falou que “é verdade, havia um certo ‘pé atrás’. Mas, hoje temos uma relação de muito respeito. Em primeiro lugar, eu não sou de fora. A segurança pública de Rondônia eu conheço bem. Houve um certo receio, por parte dos mais antigos. Isso é natural, onde há uma quebra de um ciclo que revezava-se no poder. Propomos uma alteração no estatuto da Civil, permitindo que um delegado novo na função possa ter oportunidade de, por mérito, atuar como chefe de polícia. Hoje está pacificado e a relação é muito boa e proveitosa para a comunidade”.
Em relação às ações da SESDEC, ele ressaltou que “ainda estamos trabalhando com o planejamento do Governo anterior, inclusive orçamentária. Para 2012, estamos trabalhando um plano estratégico, já estabelecido e contemplado no Plano Plurianual as ações prioritárias. Nosso trabalho tem cinco eixos básicos: polícia comunitária, integração das forças de segurança, ações de inteligência, investimentos em tecnologia e valorização do servidor.
Ele criticou e rechaçou a construção de bases ou postos avançados. “Essa política eleitoreira de se criar instalações espalhadas pela cidade, sendo que a polícia nem tem como atender toda essa estrutura. Muitas vezes, tinha somente um policial que funcionava como ‘vigia’ do posto, sem equipamentos e ferramentas para trabalhar. Esses postos geram somente despesas de custeio, sem eficiência. Nossa proposta é estabelecermos quatro Unidades de Integradas de Segurança Pública (UNISP), na capital”, disse.
O secretário disse que a terceirização da frota da segurança pública é viável, mas foi preciso rever o contrato e baixar o preço da locação mensal. “São 135 camionetes e 80 veículos de pequeno porte locados. Era pago R$ 8.800,00 por uma camionete mês e reduzimos para R$ 6.800,00 esse valor. Isso permite uma economia de R$ 3 milhões ano e vamos poder aumentar a frota em 30%.”, afirmou.
Segundo ele, “estamos construindo um acesso, nas viaturas, para ferramentas de pesquisas em sistemas informatizados. Estamos implantando o sistema de vídeo monitoramento, com 82 câmeras instaladas nas ruas da capital, ampliando o alcance da segurança pública”.
Sobre a greve na Polícia Militar, ele alertou que “não há o que se discutir. Há um Estado de direito e que proíbe a manifestação de greves. Policiais militares podem exigir e se manifestarem por seus direitos, mas, da forma que foi feita, houve várias condutas que caracterizam crimes. Os fatos estão sendo apurados e possivelmente, identificando-se os excessos, vai haver punição nas condutas contrárias a lei”.
De acordo com Bessa, “foi alegado um suposto descumprimento de acordo, o que não ocorreu. As coisas precisam tramitar dentro do limite da razoabilidade. Não se pode exigir que seja feito de uma hora para outra, o que pode gerar atos sem o devido embasamento legal”.
Ele finalizou dizendo que “neste ano não vai ser feita contratação de novos servidores para a segurança, em razão de problemas orçamentários. Para 2012, estamos elaborando um projeto para que os cursos de formação de soldado sejam através de um curso superior, com tecnólogo em segurança”.

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